Três alunos da 8ª série vespertina foram destaques em seus contos; Joice Backes Brand, Luciano Marx e Carolina da Costa Mendes. Mostrando alguns pontos de nossa realidade nos seguintes contos:
Conto de Joice Backes Brand:
Fanatismo
Ana Laura uma garota de 14 anos era fanática pela banda Crazy Look, um fenômeno no mundo, ela já fã da banda a dois anos, ficara louca ao saber que viria ao Brasil estrear sua nova turnê. A garota que já previa, estava economizando todo o dinheiro que ganhava para tal acontecimento. Ela contava e recontava seu dinheiro e sabia que aquilo era suficiente para conhecer seus ídolos. Sete meses antes de a banda vir para o Brasil, Ana Laura já estava preparando seus pais para o pedido de sua vida, “ir ao show de Crazy Look”.
Três meses antes do acontecimento os pais da garota já estavam ao conhecimento da vinda da banda ao Brasil pelos noticiários, Ana Laura achava o momento apropriado para fazer o tal pedido aos pais, ela sabendo que sua mãe nunca gostou de tumultos, super lotação, coisas do tipo, pois sempre previa o pior. Ana Laura sabia que seria muito difícil convencer sua mãe, mas faria o possível e o impossível para a realização de seu sonho. Ela conversou muito com seus pais, pediu, chorou, implorou, mas sua mãe sabia que aquilo não podia acontecer, ela sabia que a garota amava demais aquela banda, mesmo partindo o seu coração a mãe negava o pedido da garota. Com lágrimas nos olhos falava que não iria autorizar a garota de ir para o “maldito” show, mesmo sendo seu sonho. Ana Laura odiara seus pais naquele momento, correu para seu quarto em passos firmes e batendo as portas, e ficara lá se debulhando em lágrimas, gritando, tentando por toda sua raiva para fora de si, e a mãe na sala desconsolada apoiada pelo marido falava “se acontecesse algo com ela, eu nunca me perdoaria.”
Ana Laura ficou 2 dias trancafiada no quarto, sabia que tudo em que pensou nesse tempo não era correto, mas sabia também que se ela não tentasse nunca se perdoaria. Segunda-feira na escola, ela conversava com sua amiga Carol durante o intervalo, Carol não acreditava no que estava ouvindo, assustada questionou:
- Ana Laura, você está louca. Você não fará isso realmente, não é?
Ana Laura, com total certeza nas palavras responde:
- É obvio e farei, e se necessário faria muito mais.
Carol com medo da estratégia da amiga, tentou a convencê-la do contrario durante toda a semana, mais realmente sabia que seria impossível tal realização.
Ana Laura pensara em tudo para conseguir a realização de seu sonho. Todas as estratégias foram devidamente planejadas e bem pensadas, e para ela, não importava se a descobririam depois, mas ninguém deveria saber do que se sucederia para não haver trambiques ou algo que prejudicaria a realização de seu sonho.
Ana Laura, como uma grande fã, tinha muitos amigos e amigas que também idolatravam a banda como ela, e ela já havia providenciado o seu ingresso com Rafaela, sua amiga dês de o inicio de Crazy Look; Rafaela além de louca para conhecer Ana Laura, pois eram apenas amigas virtuais, e também louca por saber que uma das suas melhores amigas iria com ela no “melhor show do universo.”
Ana Laura conta tudo que havia planejado para Rafaela, ela conta que antes de tudo pesquisou sobre isso, e sabia que seria muito perigoso, pois não teria show no estado onde morava, e teria que ir para o estado vizinho, e como era menor de idade, deveria ter em mãos uma autorização de seus pais. Ana Laura fala com firmeza nas palavras com Rafaela, uma certeza que nunca tivera em atitudes como essa, sabia que seus valores não a deixavam fazer tal rebeldia, mas nunca iria dormir se soubesse que nem ao menos tentar chegar mais próximo do seu sonho, ela tentou. Fugir de casa seria um ato, que quando pequena prometera para si que nunca iria cometer, mas sabia que isso deveria ser feito, ou se não seria impossível ir ao show de Crazy Look. Rafaela assustada, com tudo que a amiga havia planejado, tentava fazer com que ela não cometesse tamanha loucura, mais no fundo sabia que também seria capaz de fazer isso se estivesse na mesma situação.
Ana Laura com tudo devidamente planejado, resolvia últimos problemas. Pronta para o dia 23/11/2007, a data que nunca mais na vida iria esquecer; momentos inesquecíveis, com pessoas indescritíveis, o dia que marcaria sua loucura para sempre.
Dia 22/11/2007 Ana Laura embarcara no ônibus que a levaria para o melhor lugar do mundo naquele momento. Foram cinco longas horas de viagem, com muita ansiedade e nervosismo, mas na madrugada do dia 23 já estava Ana Laura e Rafaela na fila do show que mudariam suas vidas. Ana Laura preocupada, pois sabia que a desculpa que dormiria na casa de sua amiga não iria colar, estava mais nervosa do que qualquer um naquele lugar, por mais que sabia que tudo aquilo não seria em vão.
A entrada para o show foi liberada, mais ou menos duas horas antes do sonho de muita gente que ali se encontrava. Ana Laura e Rafaela tentaram mais não conseguiram comprar seus ingressos vip, pois estavam todos esgotados, ficaram ali no meio do povo todo, sabiam que a emoção de estar apenas os vendo de longe e ouvindo a voz deles não seria esquecida jamais.
Inicia-se o show Ana Laura não continha toda a emoção que sentira dentro de si, ali estava uma garota louca por pessoas que nem do palco a enxergavam, chorava e cantava como louca, gastara toda sua energia para acompanhar as musicas, e se conter com tamanha emoção.
O vocalista da banda se jogou em cima de seus fãs, Ana Laura assustada e sabendo e poderia ser agora que chegaria pertinho de seu ídolo desmaia com tanta emoção, Rafaela tenta a segurar, mas todos os fãs estavam vindo ao encontro do vocalista, estava muito tumultuado, Rafaela não dava conta de gritar para que a ajudassem ninguém a escutava com tanta gritaria, os fãs começaram a pisotear Ana Laura, Rafaela sabia que se abaixasse pare pega-la também seria pisoteada, até que Rafaela começou a empurrar todo mundo para que não pisasse nela, mas já era tarde, Ana Laura já havia morrido, Rafaela com a situação atira-se no chão para tentar ajudar a amiga, que não acreditava que estava morta, logo começaram a pisar em cima dela também, pisavam em cima de Rafaela e ela não suportava a dor de perder sua amiga, nem se importava se a matassem também, mas queria ajudar sua amiga custe o que custar.
Depois de o vocalista voltar para o palco Rafaela não agüentando de tanto chorar; ela ouve um ser dizendo que a ajuda já iria chegar, minutos depois aproximou-se um rapaz, Rafaela com medo pois não conhecia o rapaz abraçara a amiga ainda em seus braços, ele apresentou-se:
- Meu nome é Eduardo e vi que sua amiga está muito mal, vim ajudá-las.
Rafaela sem saber o que dizer apenas diz obrigado e inicia um novo choro, um choro de tristeza, um choro de amizade, um choro de desespero. Eduardo pega Ana Laura nos braços e Rafaela pega suas coisas e da amiga, e acompanha Eduardo que a levava para uma das ambulâncias que estavam espalhadas pelo show entram na ambulância e Rafaela dentro desesperada pela situação da amiga. Tentam reanimar Ana Laura, mas já é tarde, Ana Laura havia falecido, Rafaela não contendo a grande tristeza que sentira ali naquele momento, pois se a chorar descontroladamente, desmaia com a situação. Nisso as enfermeiras cuidam de suas lesões, pois também haviam pisado em cima dela. Depois com os curativos prontos e melhor emocionalmente, a levam junto na ambulância, com Ana Laura para o hospital, desconsolada sabia que deveria avisar os pais da amiga, pois nem sabiam que Ana Laura havia fugido.
Rafaela liga para os pais da amiga, ela pede para falar com o pai de Ana Laura, pois sabia que a mãe não suportaria a dor de saber que sua única filha havia morrido, e muito menos sabendo como. O pai de Ana Laura recebe a noticia, e recebe a missão de contar a trágica noticia para a mulher que já estava com os nervos a flor da pele pela ligação. O marido tenta a confortar antes de tal noticia, mais a mãe de Ana Laura que até então estava razoavelmente calma pos se a gritar e exigir que o marido contasse tudo que havia ouvido a poucos minutos no telefone. O marido de forma calma e ao mesmo tempo também desesperado conta o que havia acontecido, e a mulher desconsolável se joga no chão e chora, chora muito, o marido a abraça tentado a consolar.
A mãe de Ana Laura um pouco mais calma vai ao quarto da garota lembrar-se da filha, pois não acreditava que tudo o que previa havia acontecido, e da pior maneira possível. Já no quarto a mãe encontra uma carta, abaixo do urso preferido da filha que pegara para sentir seu cheirinho e a presença da filha.
“Mãe querida, talvez quando estiver lendo esta carta eu nunca mais possa estar ao seu lado, e mesmo sabendo que eu estava fazendo coisas erradas eu deveria fazer-las, pois tudo o que aconteceu na minha vida foi construtivo para hoje eu ser o que sou, você e papai são os maiores tesouros na minha vida, e sei que você me ama muito, e sabia que se eu fosse nesse show que eu estou indo agora, algo iria acontecer, mais é o meu sonho, a dois longos anos eu estou rezando para que isso aconteça, e quando Deus me colocou em mãos essa noticia, eu sabia que era a resposta dos meus pedidos, e que seria a realização do meu grande sonho, por mais doloroso que seja eu não estar do seu lado, entenda que eu sempre estarei te guiando, pois você é o tesouro mais valioso que tenho, e a pessoa que mais me ama no mundo. Mãe não coloque a culpa em você mesmo, pois eu não sofri e além do mais se morri, foi realizando o meu sonho, eu esperaria eternamente por isso, mais me concederam isso hoje, e por mais que eu ame a senhora minha mãe, já é minha hora, eu devo ir, e a única coisa que eu peço que nunca se esqueça, é que eu te amo muito, muito mais do que você imagina e mais do que um dia possa sentir por alguém.
Três meses antes do acontecimento os pais da garota já estavam ao conhecimento da vinda da banda ao Brasil pelos noticiários, Ana Laura achava o momento apropriado para fazer o tal pedido aos pais, ela sabendo que sua mãe nunca gostou de tumultos, super lotação, coisas do tipo, pois sempre previa o pior. Ana Laura sabia que seria muito difícil convencer sua mãe, mas faria o possível e o impossível para a realização de seu sonho. Ela conversou muito com seus pais, pediu, chorou, implorou, mas sua mãe sabia que aquilo não podia acontecer, ela sabia que a garota amava demais aquela banda, mesmo partindo o seu coração a mãe negava o pedido da garota. Com lágrimas nos olhos falava que não iria autorizar a garota de ir para o “maldito” show, mesmo sendo seu sonho. Ana Laura odiara seus pais naquele momento, correu para seu quarto em passos firmes e batendo as portas, e ficara lá se debulhando em lágrimas, gritando, tentando por toda sua raiva para fora de si, e a mãe na sala desconsolada apoiada pelo marido falava “se acontecesse algo com ela, eu nunca me perdoaria.”
Ana Laura ficou 2 dias trancafiada no quarto, sabia que tudo em que pensou nesse tempo não era correto, mas sabia também que se ela não tentasse nunca se perdoaria. Segunda-feira na escola, ela conversava com sua amiga Carol durante o intervalo, Carol não acreditava no que estava ouvindo, assustada questionou:
- Ana Laura, você está louca. Você não fará isso realmente, não é?
Ana Laura, com total certeza nas palavras responde:
- É obvio e farei, e se necessário faria muito mais.
Carol com medo da estratégia da amiga, tentou a convencê-la do contrario durante toda a semana, mais realmente sabia que seria impossível tal realização.
Ana Laura pensara em tudo para conseguir a realização de seu sonho. Todas as estratégias foram devidamente planejadas e bem pensadas, e para ela, não importava se a descobririam depois, mas ninguém deveria saber do que se sucederia para não haver trambiques ou algo que prejudicaria a realização de seu sonho.
Ana Laura, como uma grande fã, tinha muitos amigos e amigas que também idolatravam a banda como ela, e ela já havia providenciado o seu ingresso com Rafaela, sua amiga dês de o inicio de Crazy Look; Rafaela além de louca para conhecer Ana Laura, pois eram apenas amigas virtuais, e também louca por saber que uma das suas melhores amigas iria com ela no “melhor show do universo.”
Ana Laura conta tudo que havia planejado para Rafaela, ela conta que antes de tudo pesquisou sobre isso, e sabia que seria muito perigoso, pois não teria show no estado onde morava, e teria que ir para o estado vizinho, e como era menor de idade, deveria ter em mãos uma autorização de seus pais. Ana Laura fala com firmeza nas palavras com Rafaela, uma certeza que nunca tivera em atitudes como essa, sabia que seus valores não a deixavam fazer tal rebeldia, mas nunca iria dormir se soubesse que nem ao menos tentar chegar mais próximo do seu sonho, ela tentou. Fugir de casa seria um ato, que quando pequena prometera para si que nunca iria cometer, mas sabia que isso deveria ser feito, ou se não seria impossível ir ao show de Crazy Look. Rafaela assustada, com tudo que a amiga havia planejado, tentava fazer com que ela não cometesse tamanha loucura, mais no fundo sabia que também seria capaz de fazer isso se estivesse na mesma situação.
Ana Laura com tudo devidamente planejado, resolvia últimos problemas. Pronta para o dia 23/11/2007, a data que nunca mais na vida iria esquecer; momentos inesquecíveis, com pessoas indescritíveis, o dia que marcaria sua loucura para sempre.
Dia 22/11/2007 Ana Laura embarcara no ônibus que a levaria para o melhor lugar do mundo naquele momento. Foram cinco longas horas de viagem, com muita ansiedade e nervosismo, mas na madrugada do dia 23 já estava Ana Laura e Rafaela na fila do show que mudariam suas vidas. Ana Laura preocupada, pois sabia que a desculpa que dormiria na casa de sua amiga não iria colar, estava mais nervosa do que qualquer um naquele lugar, por mais que sabia que tudo aquilo não seria em vão.
A entrada para o show foi liberada, mais ou menos duas horas antes do sonho de muita gente que ali se encontrava. Ana Laura e Rafaela tentaram mais não conseguiram comprar seus ingressos vip, pois estavam todos esgotados, ficaram ali no meio do povo todo, sabiam que a emoção de estar apenas os vendo de longe e ouvindo a voz deles não seria esquecida jamais.
Inicia-se o show Ana Laura não continha toda a emoção que sentira dentro de si, ali estava uma garota louca por pessoas que nem do palco a enxergavam, chorava e cantava como louca, gastara toda sua energia para acompanhar as musicas, e se conter com tamanha emoção.
O vocalista da banda se jogou em cima de seus fãs, Ana Laura assustada e sabendo e poderia ser agora que chegaria pertinho de seu ídolo desmaia com tanta emoção, Rafaela tenta a segurar, mas todos os fãs estavam vindo ao encontro do vocalista, estava muito tumultuado, Rafaela não dava conta de gritar para que a ajudassem ninguém a escutava com tanta gritaria, os fãs começaram a pisotear Ana Laura, Rafaela sabia que se abaixasse pare pega-la também seria pisoteada, até que Rafaela começou a empurrar todo mundo para que não pisasse nela, mas já era tarde, Ana Laura já havia morrido, Rafaela com a situação atira-se no chão para tentar ajudar a amiga, que não acreditava que estava morta, logo começaram a pisar em cima dela também, pisavam em cima de Rafaela e ela não suportava a dor de perder sua amiga, nem se importava se a matassem também, mas queria ajudar sua amiga custe o que custar.
Depois de o vocalista voltar para o palco Rafaela não agüentando de tanto chorar; ela ouve um ser dizendo que a ajuda já iria chegar, minutos depois aproximou-se um rapaz, Rafaela com medo pois não conhecia o rapaz abraçara a amiga ainda em seus braços, ele apresentou-se:
- Meu nome é Eduardo e vi que sua amiga está muito mal, vim ajudá-las.
Rafaela sem saber o que dizer apenas diz obrigado e inicia um novo choro, um choro de tristeza, um choro de amizade, um choro de desespero. Eduardo pega Ana Laura nos braços e Rafaela pega suas coisas e da amiga, e acompanha Eduardo que a levava para uma das ambulâncias que estavam espalhadas pelo show entram na ambulância e Rafaela dentro desesperada pela situação da amiga. Tentam reanimar Ana Laura, mas já é tarde, Ana Laura havia falecido, Rafaela não contendo a grande tristeza que sentira ali naquele momento, pois se a chorar descontroladamente, desmaia com a situação. Nisso as enfermeiras cuidam de suas lesões, pois também haviam pisado em cima dela. Depois com os curativos prontos e melhor emocionalmente, a levam junto na ambulância, com Ana Laura para o hospital, desconsolada sabia que deveria avisar os pais da amiga, pois nem sabiam que Ana Laura havia fugido.
Rafaela liga para os pais da amiga, ela pede para falar com o pai de Ana Laura, pois sabia que a mãe não suportaria a dor de saber que sua única filha havia morrido, e muito menos sabendo como. O pai de Ana Laura recebe a noticia, e recebe a missão de contar a trágica noticia para a mulher que já estava com os nervos a flor da pele pela ligação. O marido tenta a confortar antes de tal noticia, mais a mãe de Ana Laura que até então estava razoavelmente calma pos se a gritar e exigir que o marido contasse tudo que havia ouvido a poucos minutos no telefone. O marido de forma calma e ao mesmo tempo também desesperado conta o que havia acontecido, e a mulher desconsolável se joga no chão e chora, chora muito, o marido a abraça tentado a consolar.
A mãe de Ana Laura um pouco mais calma vai ao quarto da garota lembrar-se da filha, pois não acreditava que tudo o que previa havia acontecido, e da pior maneira possível. Já no quarto a mãe encontra uma carta, abaixo do urso preferido da filha que pegara para sentir seu cheirinho e a presença da filha.
“Mãe querida, talvez quando estiver lendo esta carta eu nunca mais possa estar ao seu lado, e mesmo sabendo que eu estava fazendo coisas erradas eu deveria fazer-las, pois tudo o que aconteceu na minha vida foi construtivo para hoje eu ser o que sou, você e papai são os maiores tesouros na minha vida, e sei que você me ama muito, e sabia que se eu fosse nesse show que eu estou indo agora, algo iria acontecer, mais é o meu sonho, a dois longos anos eu estou rezando para que isso aconteça, e quando Deus me colocou em mãos essa noticia, eu sabia que era a resposta dos meus pedidos, e que seria a realização do meu grande sonho, por mais doloroso que seja eu não estar do seu lado, entenda que eu sempre estarei te guiando, pois você é o tesouro mais valioso que tenho, e a pessoa que mais me ama no mundo. Mãe não coloque a culpa em você mesmo, pois eu não sofri e além do mais se morri, foi realizando o meu sonho, eu esperaria eternamente por isso, mais me concederam isso hoje, e por mais que eu ame a senhora minha mãe, já é minha hora, eu devo ir, e a única coisa que eu peço que nunca se esqueça, é que eu te amo muito, muito mais do que você imagina e mais do que um dia possa sentir por alguém.
Beijos de Ana Laura”
Conto de Luciano Marx:
A Formiga Espérta
O formigueiro ainda não estava pronto, por este motivo todas as formigas estavam trabalhando para que ele ficasse logo pronto. Mas tinha uma que sempre achava um jeitinho de escapar, era a Lilíca; que era muito novinha, mas muito espertinha, e usava sua esperteza para todo dia escapar do serviço.
As outras viçavam muito revoltadas e, todos os dias reclamavam com a rainha, mas ela não fazia nada, pois já tinha um castigo pronto para Lilíca, e só iria executá-lo depois que o formigueiro estivesse pronto. Assim, passavam muitos dias e a rainha não revelava seu plano.
Quando o formigueiro ficou pronto a rainha convocou todas as formigas para uma reunião, e separou um lugar especial para Lilíca “ No centro das atenções”, e quando a reunião começou a rainha falou:
- Eu, como rainha deste formigueiro, vejo-me no dever de ser justa com todos e todas vocês, e por esse motivo, estou expulsando aquela que se achou superior, e que não cumpriu com o seu dever de formiga, que é trabalhar em equipe sempre pensando em todo o grupo. Lilíca chamo você aqui para dar seu ultimo depoimento como nossa patriarca.
Lilíca toda envergonhada foi e falou.
-Já que fui inútil até agora para vocês, continuarei sendo, depois vou embora por livre e espontânea vontade.
Após o depoimento de Lilíca, todas as formigas aplaudiram felizes, e sem ela continuaram levando suas vidas numa boa, sempre prezando o trabalho juntamente com saúde e alegria.
Já por outro lado Lilíca andava pelas estradas nem um rumo, e sem nem uma idéia do que iria fazer; depois tinha plena consciência de que nem um outro formigueiro queria-a, se ela não trabalhasse igualmente com o grupo. Ela ate pensou em trabalhar para conseguir voltar para algum formigueiro, mas repensou, e desistiu porque para ela o que importava ela não ter responsabilidades a cumprir.
E de não ter nada para fazer durante muito tempo, Lilíca deixou sua esperteza de lado e se transformou em louca, uma formiga que não tinha noção de nada o que fazia, e por esse motivo fez algo que poucos seres são capazes de fazer, tentou se matar. A sua sorte foi que uma sua ex-companheira estava passando por lá, viu Lilíca esticada no chão, e mostrando muita solidariedade levou-a de volta para o formigueiro, pensando que já estivesse morta.
Quando chegou ao formigueiro com a Lilíca em seus braços, todas as formigas foram ver o que havia acontecido, e a rainha chegou lá e perguntou.
- O que aconteceu?
Então a formiga respondeu:
-Eu estava caminhando tranqüila pelo parque e de repente vejo Lilíca esticada no chão e resolvi traze-la aqui, já que por muito tempo ela foi nossa companheira. Se é que vocês concordam.
Todos concordaram, ate a rainha, que primeiro era contra.
Nisso Lilíca abre os olhos e fala:
-Estou emocionada com a atitude de vocês, e por isso imploro para poder voltar a viver nesse formigueiro, e cumprir com o meu dever de formiga.
Todas ainda estavam espantadas, inclusive a rainha que perguntou:
-Mas como assim, você não estava morta Lilíca?
-Não sei, acho que só estava inconsciente.
Responde Lilíca, que logo pergunta:
-Mas eu posso ou não ficar aqui?
-Olha, se você trabalhar bem para recompensar o atrasado pode sim.
Respondeu a rainha.
Depois de tudo isso Lilíca aprendeu qual ela seu lugar no formigueiro, pois pensou para si mesma, que o que poderia ser uma tragédia para ela, se transformou em um paraíso onde nem o céu era o limite. A não ser os sermões.
-Vamos Lilíca, o trabalho nos espera!
-Já vou. Por que a pressa?
As outras viçavam muito revoltadas e, todos os dias reclamavam com a rainha, mas ela não fazia nada, pois já tinha um castigo pronto para Lilíca, e só iria executá-lo depois que o formigueiro estivesse pronto. Assim, passavam muitos dias e a rainha não revelava seu plano.
Quando o formigueiro ficou pronto a rainha convocou todas as formigas para uma reunião, e separou um lugar especial para Lilíca “ No centro das atenções”, e quando a reunião começou a rainha falou:
- Eu, como rainha deste formigueiro, vejo-me no dever de ser justa com todos e todas vocês, e por esse motivo, estou expulsando aquela que se achou superior, e que não cumpriu com o seu dever de formiga, que é trabalhar em equipe sempre pensando em todo o grupo. Lilíca chamo você aqui para dar seu ultimo depoimento como nossa patriarca.
Lilíca toda envergonhada foi e falou.
-Já que fui inútil até agora para vocês, continuarei sendo, depois vou embora por livre e espontânea vontade.
Após o depoimento de Lilíca, todas as formigas aplaudiram felizes, e sem ela continuaram levando suas vidas numa boa, sempre prezando o trabalho juntamente com saúde e alegria.
Já por outro lado Lilíca andava pelas estradas nem um rumo, e sem nem uma idéia do que iria fazer; depois tinha plena consciência de que nem um outro formigueiro queria-a, se ela não trabalhasse igualmente com o grupo. Ela ate pensou em trabalhar para conseguir voltar para algum formigueiro, mas repensou, e desistiu porque para ela o que importava ela não ter responsabilidades a cumprir.
E de não ter nada para fazer durante muito tempo, Lilíca deixou sua esperteza de lado e se transformou em louca, uma formiga que não tinha noção de nada o que fazia, e por esse motivo fez algo que poucos seres são capazes de fazer, tentou se matar. A sua sorte foi que uma sua ex-companheira estava passando por lá, viu Lilíca esticada no chão, e mostrando muita solidariedade levou-a de volta para o formigueiro, pensando que já estivesse morta.
Quando chegou ao formigueiro com a Lilíca em seus braços, todas as formigas foram ver o que havia acontecido, e a rainha chegou lá e perguntou.
- O que aconteceu?
Então a formiga respondeu:
-Eu estava caminhando tranqüila pelo parque e de repente vejo Lilíca esticada no chão e resolvi traze-la aqui, já que por muito tempo ela foi nossa companheira. Se é que vocês concordam.
Todos concordaram, ate a rainha, que primeiro era contra.
Nisso Lilíca abre os olhos e fala:
-Estou emocionada com a atitude de vocês, e por isso imploro para poder voltar a viver nesse formigueiro, e cumprir com o meu dever de formiga.
Todas ainda estavam espantadas, inclusive a rainha que perguntou:
-Mas como assim, você não estava morta Lilíca?
-Não sei, acho que só estava inconsciente.
Responde Lilíca, que logo pergunta:
-Mas eu posso ou não ficar aqui?
-Olha, se você trabalhar bem para recompensar o atrasado pode sim.
Respondeu a rainha.
Depois de tudo isso Lilíca aprendeu qual ela seu lugar no formigueiro, pois pensou para si mesma, que o que poderia ser uma tragédia para ela, se transformou em um paraíso onde nem o céu era o limite. A não ser os sermões.
-Vamos Lilíca, o trabalho nos espera!
-Já vou. Por que a pressa?
Conto de Carolina Mendes:
O Mundo de Alana
Alana era uma garotinha bem pequena para sua idade. Tinha 11 anos, mas sua imaginação era imensa. Seu melhor amigo Júnior estava sempre com ela e a ajudava em tudo. Eram como irmãos. Totalmente inseparáveis.
Alana tinha muita vergonha de sua família. Sua mãe era hippie. Tinha em casa uma sala de massagens, que era onde trabalhava. Vivia cantando canções que gostava, mas que para Alana, eram muito estranhas. A melhor amiga dela, a Márcia, lia folhas de chá. A irmã mais velha de Alana, se chamava Lia, era a garota mais bonita do bairro, mas vivia brigando com a irmã, realmente ela não gostava de Alana. O pai era um rapaz muito divertido. Mas Alana sentia muita vergonha dele, pois ele era um fabricante de cuecas. Fabricava tudo em casa e vendia para fora. Muitas vezes ele vinha até a escola, para fazer propagandas das cuecas que ele fabricava, espalhando cartazes com a sua foto de cuecas e chapéu, por todo o lugar. Alana sentia muita vergonha da família. E sempre dava um jeitinho de escapar de situações, que para ela, eram constrangedoras.
Por mais que ela tentasse se esconder, sentia que sempre estava passando vergonha por causa da sua família. Mas na verdade, os pais de Alana, eram pessoas muito boas, e não tinham noção de que ela pensava que eles eram motivo de muita vergonha e constrangimento, para filha. Estava começando mais um ano letivo. Alana já ia para a 6ª série. E mal esperava para ver o que iria aprender, naquele ano. O professor era o mesmo do ano anterior, e solicitou aos alunos que fizessem uma visita ao asilo, para que pudessem entrevistar e conviver um tempo com as pessoas de mais idade.
Alana e Júnior, então foram até o asilo mais próximo da casa dela. Mas ao chegar lá, ficaram atentos a dois velhinhos que conversavam bem baixinho, como se tivessem cochichando e planejando algo. Aproximaram-se, e ouviram um curto pedaço da conversa. Elas falavam seriamente sobre aliens e criaturas de outro mundo que pousariam na terra, na próxima semana. “Tolice de velhos loucos e caducos” disse Júnior, que estava tentando entender por que eles falavam sobre aquilo.
Mas Alana parecia muito interessada na história e começou a ouvir com mais atenção. Os dois velhinhos que conversavam nem perceberam que Alana estava ali, ouvindo tudo o que eles planejavam. Então Júnior aproximou-se, e começou a entrevista. Alana prosseguiu com a entrevista juntamente com o colega, mas não parava de pensar na oportunidade de partir com os alieis para outro planeta, e nunca mais passar vergonha por causa da família.
Quando a entrevista acabou, Júnior foi até o pátio do asilo para tirar algumas fotos do lugar. E Alana não perdeu tempo, começou a fazer uma série de perguntas sobre os aliens e sua nave, aos velhinhos. E eles respondiam todas, com o maior gosto. Até que a senhora mais velha, viu no braço de Alana, uma pequena manchinha rosada. E disse a ela, que ela tinha a marca dos aliens, e que se quisesse, poderia partir junto com eles, para outro planeta.
Alana simplesmente adorou a idéia. Em sua cabeça, ela tinha encontrado a solução para os seus problemas.
Pensou na hora como seria bom parar de fugir de sua família na frente dos amigos; de nunca mais precisar ficar sentindo-se envergonhada por causa dos cartazes dos seus pai espalhados pela escola; de nunca mais precisar fazer tudo o que sua irmã queria. Mas ela também ela não deixava de pensar na falta que ela sentiria dos seus amigos, e da sua casa.
Naquela noite, ela nem dormiu direito, pensando se ela iria ou não, e não conseguia chegar a uma conclusão.
No outro dia, pela manhã, Alana foi perguntar a Márcia, por que ela tinha aquela marquinha rosada no braço. Marcia espantada, disse a ela, que ela tinha a, a marca dos aliens. Alana começou a pensar seriamente na oportunidade de fugir.
Uma semana se passou e Alana e Júnior, voltaram a visitar o asilo. Novamente depois de fazer mais algumas perguntas aos mesmos velhinhos, referente ao trabalho escolar, Alana perguntou a eles a que horas, daquele dia que os aliens viriam para levar todos aqueles que tinham a marca, para outro planeta bem longe da terra. Os velhinhos muito empolgados, disseram a ela, que exatamente às 09h00min da noite ela teria que estar no gramado do lado de trás do asilo. Mas antes ela teria de dar uma ajudinha aos dois. Teria de pegá-los e levá-los para o gramado junto com ela, para que pudessem fugir todos juntos.
Ao chegar à sua casa, Alana arrumou as malas. Tentou levar tudo o que achava mais importante. Ás 08h45min da noite, Alana havia combinado de buscar os velhinhos no asilo. Ela combinou com sua irmã, que Lia iria inventar aos seus pais que iria até a casa da vizinha, mas na verdade iria fugir para sempre. Lia adorou a idéia de se livrar para sempre da sua irmã. E aproveitou oportunidade de poder sair de noite, para encontrar com as amigas e ir ao shopping. Alana deixou uma carta aos pais, dizendo que ela iria ficar na casa de Márcia por uns tempos, mas que iria sentir muitas saudades, mas garantia que um dia iria voltar.
Alana seguiu até o asilo, onde os velhinhos já a esperavam na porta. Ela os pegou pela mão e sem a enfermeira perceber, os levou até o gramado. Júnior veio se despedir da amiga. Chorou muito, mas disse a ela que a amava como se fosse sua irmã, e que iria sentir muita saudade. Alana disse o mesmo, mas disse que um dia iria voltar a terra. Júnior voltou correndo para casa, ele nem queria ver o aliens, pois estava com medo de ser abduzido para o espaço para sempre.
Então às 09h00min em ponto, uma luz muito brilhante apareceu, no céu, e estava se aproximando do campo. Eram os aliens. A nave pousou, e o chefe alien, que era muito feio, saiu da nave espacial que era gigantesca. E perguntou a eles se eles estavam certos do que estavam fazendo ali agora. Todos confirmaram, e entraram na nave. Lá dentro era tudo diferente do mundo onde eram acostumados viver. Alana observou que havia um garoto humano na nave, que não se aproximava dela de nenhuma maneira. Alana instalou-se bem na nave, por enquanto, para ela, estava tudo sobre controle.
Passou-se alguns dias e Alana começou a sentir falta de sua família e de sua casa. Tudo era tão diferente no espaço, ela sentia falta de tudo o que tinha antes de partir. Até das cuecas que o pai fabricava, de ter que fazer as chantagens da irmã mais velha, das canções malucas de sua mãe e a amiga dela... Quanto mais o tempo passava, mais ela acreditava que a decisão que ela havia tomado era a pior que tinha tomado na vida. Ela se arrependia cada vez mais. Os dois velhinhos foram transportados para outra nave, por terem mais idade. Alana nunca mais os viu, depois disso, o que a deixava mais solitária.
Um dia, ao ver Alana chorando em um cantinho da nave, o menino se aproximou dela. O nome dele era Pedro. Ele havia cometido o mesmo erro que ela. Ele confessou que se arrependeu muito. E que faria de tudo para voltar a trás, e ter sua vida normal de volta. Alana se sentiu melhor conversando com ele, e afirmou que também faria de tudo para voltar a sua “vida normal”. Ouvindo a conversa dos dois, o chefe da nave aproximou-se deles, e os disse que a única coisa que ele poderia fazer era deixar que cada um fizesse um único pedido. Mas se caso eles quisessem ir embora da nave, jamais poderiam voltar para ela. Animados com a idéia eles confirmaram que estavam certos da sua decisão, e queriam realmente ir embora. Mas o chefe fez com que os dois prometessem que iriam dar valor a tudo o que tinham. E eles prometeram.
Então ele pediu a eles, que olhassem pela janela da nave, fechassem os olhos e fizessem um pedido, quando a estrela cadente passasse. Os dois muito felizes correram até a janela e fecharam os olhos, pois a estrela estava quase passando. Os dois fizeram o mesmo pedido. Queriam muito voltar para casa. A estrela passou, e eles pediram. De repente, uma luz branca muito brilhante refletiu embaixo deles, eles estavam flutuando, sobre a nave. Os dois fecharam os olhos e deixaram que a estrela cadente fizesse seu trabalho.
Alana caiu em cima de sua cama. Deu um suspiro de alívio, e ao mesmo tempo de felicidade. Foi correndo até a sala, onde seus pais estavam sentados chorando, desesperados lendo a carta que ela havia deixado para eles. Ainda descendo as escadas, Alana gritou: “Mãe, Pai! Vocês estão lendo esta carta somente agora?” Os pais de Alana viraram-se para ela com um sorriso estampado em seus rostos. Foram correndo abraçá-la. Foi o melhor dos melhores abraços que Alana já havia recebido dos seus pais. Seu pai perguntou a ela “filha onde esteve este tempo todo, eu e sua mãe ficamos muito preocupados com você. A Márcia teve aqui ontem, e disse que você não estava na casa dela. Explique-se agora, mocinha!” Alana sorriu, e respondeu “Esta é uma longa e maluca história, Pai”.
Alana tinha muita vergonha de sua família. Sua mãe era hippie. Tinha em casa uma sala de massagens, que era onde trabalhava. Vivia cantando canções que gostava, mas que para Alana, eram muito estranhas. A melhor amiga dela, a Márcia, lia folhas de chá. A irmã mais velha de Alana, se chamava Lia, era a garota mais bonita do bairro, mas vivia brigando com a irmã, realmente ela não gostava de Alana. O pai era um rapaz muito divertido. Mas Alana sentia muita vergonha dele, pois ele era um fabricante de cuecas. Fabricava tudo em casa e vendia para fora. Muitas vezes ele vinha até a escola, para fazer propagandas das cuecas que ele fabricava, espalhando cartazes com a sua foto de cuecas e chapéu, por todo o lugar. Alana sentia muita vergonha da família. E sempre dava um jeitinho de escapar de situações, que para ela, eram constrangedoras.
Por mais que ela tentasse se esconder, sentia que sempre estava passando vergonha por causa da sua família. Mas na verdade, os pais de Alana, eram pessoas muito boas, e não tinham noção de que ela pensava que eles eram motivo de muita vergonha e constrangimento, para filha. Estava começando mais um ano letivo. Alana já ia para a 6ª série. E mal esperava para ver o que iria aprender, naquele ano. O professor era o mesmo do ano anterior, e solicitou aos alunos que fizessem uma visita ao asilo, para que pudessem entrevistar e conviver um tempo com as pessoas de mais idade.
Alana e Júnior, então foram até o asilo mais próximo da casa dela. Mas ao chegar lá, ficaram atentos a dois velhinhos que conversavam bem baixinho, como se tivessem cochichando e planejando algo. Aproximaram-se, e ouviram um curto pedaço da conversa. Elas falavam seriamente sobre aliens e criaturas de outro mundo que pousariam na terra, na próxima semana. “Tolice de velhos loucos e caducos” disse Júnior, que estava tentando entender por que eles falavam sobre aquilo.
Mas Alana parecia muito interessada na história e começou a ouvir com mais atenção. Os dois velhinhos que conversavam nem perceberam que Alana estava ali, ouvindo tudo o que eles planejavam. Então Júnior aproximou-se, e começou a entrevista. Alana prosseguiu com a entrevista juntamente com o colega, mas não parava de pensar na oportunidade de partir com os alieis para outro planeta, e nunca mais passar vergonha por causa da família.
Quando a entrevista acabou, Júnior foi até o pátio do asilo para tirar algumas fotos do lugar. E Alana não perdeu tempo, começou a fazer uma série de perguntas sobre os aliens e sua nave, aos velhinhos. E eles respondiam todas, com o maior gosto. Até que a senhora mais velha, viu no braço de Alana, uma pequena manchinha rosada. E disse a ela, que ela tinha a marca dos aliens, e que se quisesse, poderia partir junto com eles, para outro planeta.
Alana simplesmente adorou a idéia. Em sua cabeça, ela tinha encontrado a solução para os seus problemas.
Pensou na hora como seria bom parar de fugir de sua família na frente dos amigos; de nunca mais precisar ficar sentindo-se envergonhada por causa dos cartazes dos seus pai espalhados pela escola; de nunca mais precisar fazer tudo o que sua irmã queria. Mas ela também ela não deixava de pensar na falta que ela sentiria dos seus amigos, e da sua casa.
Naquela noite, ela nem dormiu direito, pensando se ela iria ou não, e não conseguia chegar a uma conclusão.
No outro dia, pela manhã, Alana foi perguntar a Márcia, por que ela tinha aquela marquinha rosada no braço. Marcia espantada, disse a ela, que ela tinha a, a marca dos aliens. Alana começou a pensar seriamente na oportunidade de fugir.
Uma semana se passou e Alana e Júnior, voltaram a visitar o asilo. Novamente depois de fazer mais algumas perguntas aos mesmos velhinhos, referente ao trabalho escolar, Alana perguntou a eles a que horas, daquele dia que os aliens viriam para levar todos aqueles que tinham a marca, para outro planeta bem longe da terra. Os velhinhos muito empolgados, disseram a ela, que exatamente às 09h00min da noite ela teria que estar no gramado do lado de trás do asilo. Mas antes ela teria de dar uma ajudinha aos dois. Teria de pegá-los e levá-los para o gramado junto com ela, para que pudessem fugir todos juntos.
Ao chegar à sua casa, Alana arrumou as malas. Tentou levar tudo o que achava mais importante. Ás 08h45min da noite, Alana havia combinado de buscar os velhinhos no asilo. Ela combinou com sua irmã, que Lia iria inventar aos seus pais que iria até a casa da vizinha, mas na verdade iria fugir para sempre. Lia adorou a idéia de se livrar para sempre da sua irmã. E aproveitou oportunidade de poder sair de noite, para encontrar com as amigas e ir ao shopping. Alana deixou uma carta aos pais, dizendo que ela iria ficar na casa de Márcia por uns tempos, mas que iria sentir muitas saudades, mas garantia que um dia iria voltar.
Alana seguiu até o asilo, onde os velhinhos já a esperavam na porta. Ela os pegou pela mão e sem a enfermeira perceber, os levou até o gramado. Júnior veio se despedir da amiga. Chorou muito, mas disse a ela que a amava como se fosse sua irmã, e que iria sentir muita saudade. Alana disse o mesmo, mas disse que um dia iria voltar a terra. Júnior voltou correndo para casa, ele nem queria ver o aliens, pois estava com medo de ser abduzido para o espaço para sempre.
Então às 09h00min em ponto, uma luz muito brilhante apareceu, no céu, e estava se aproximando do campo. Eram os aliens. A nave pousou, e o chefe alien, que era muito feio, saiu da nave espacial que era gigantesca. E perguntou a eles se eles estavam certos do que estavam fazendo ali agora. Todos confirmaram, e entraram na nave. Lá dentro era tudo diferente do mundo onde eram acostumados viver. Alana observou que havia um garoto humano na nave, que não se aproximava dela de nenhuma maneira. Alana instalou-se bem na nave, por enquanto, para ela, estava tudo sobre controle.
Passou-se alguns dias e Alana começou a sentir falta de sua família e de sua casa. Tudo era tão diferente no espaço, ela sentia falta de tudo o que tinha antes de partir. Até das cuecas que o pai fabricava, de ter que fazer as chantagens da irmã mais velha, das canções malucas de sua mãe e a amiga dela... Quanto mais o tempo passava, mais ela acreditava que a decisão que ela havia tomado era a pior que tinha tomado na vida. Ela se arrependia cada vez mais. Os dois velhinhos foram transportados para outra nave, por terem mais idade. Alana nunca mais os viu, depois disso, o que a deixava mais solitária.
Um dia, ao ver Alana chorando em um cantinho da nave, o menino se aproximou dela. O nome dele era Pedro. Ele havia cometido o mesmo erro que ela. Ele confessou que se arrependeu muito. E que faria de tudo para voltar a trás, e ter sua vida normal de volta. Alana se sentiu melhor conversando com ele, e afirmou que também faria de tudo para voltar a sua “vida normal”. Ouvindo a conversa dos dois, o chefe da nave aproximou-se deles, e os disse que a única coisa que ele poderia fazer era deixar que cada um fizesse um único pedido. Mas se caso eles quisessem ir embora da nave, jamais poderiam voltar para ela. Animados com a idéia eles confirmaram que estavam certos da sua decisão, e queriam realmente ir embora. Mas o chefe fez com que os dois prometessem que iriam dar valor a tudo o que tinham. E eles prometeram.
Então ele pediu a eles, que olhassem pela janela da nave, fechassem os olhos e fizessem um pedido, quando a estrela cadente passasse. Os dois muito felizes correram até a janela e fecharam os olhos, pois a estrela estava quase passando. Os dois fizeram o mesmo pedido. Queriam muito voltar para casa. A estrela passou, e eles pediram. De repente, uma luz branca muito brilhante refletiu embaixo deles, eles estavam flutuando, sobre a nave. Os dois fecharam os olhos e deixaram que a estrela cadente fizesse seu trabalho.
Alana caiu em cima de sua cama. Deu um suspiro de alívio, e ao mesmo tempo de felicidade. Foi correndo até a sala, onde seus pais estavam sentados chorando, desesperados lendo a carta que ela havia deixado para eles. Ainda descendo as escadas, Alana gritou: “Mãe, Pai! Vocês estão lendo esta carta somente agora?” Os pais de Alana viraram-se para ela com um sorriso estampado em seus rostos. Foram correndo abraçá-la. Foi o melhor dos melhores abraços que Alana já havia recebido dos seus pais. Seu pai perguntou a ela “filha onde esteve este tempo todo, eu e sua mãe ficamos muito preocupados com você. A Márcia teve aqui ontem, e disse que você não estava na casa dela. Explique-se agora, mocinha!” Alana sorriu, e respondeu “Esta é uma longa e maluca história, Pai”.

